Microrrevolução #8 - Equipamento para a incubadora de comunicação do “Movimento Enraizados”

Originada para suprir a demanda dos alunos formados no Pontão de Cultura Preto Ghóez, nas áreas de audiovisual, audio e imagem, a INRAIZ, incubadora de comunicação do Enraízados, é uma das principais atrações de entretenimento e aprendizado da molecada do Morro Agudo, Nova Iguaçu, uma das comunidades mais carentes e violentas da Baixada Fluminense.

A principal atração da incubadora é a rádio comunitária “Enraizados na web” que agrega cada vez mais interessados, tem boa audiência, programação 24 horas por dia, inserções semanais ao vivo e é feita pela própria comunidade.

Mesmo não recebendo verba de patrocínio e com falta de equipamentos, já que o único patrocínio da Petrobrás é destinado a um belo projeto específico de arte-educação de hip hop do Enraízados, a rádio se mantém, cresce e é cada dia mais um instrumento de empoderamento e auto-estima para os jovens, como Diamante, um dos meninos que toca a rádio com apenas 13 anos de idade.

Um exemplo da falta de equipamentos é que as crianças e adolescentes que participam dos projetos ENRAIZADOS NA ARTE e PROJOVEM ADOLESCENTE querem participar ativamente da rádio, mas não há microfones suficientes, pois a mesa de som só permite dois microfones ligados simultaneamente.

Hoje a rádio se mantém com doações, engajamento dos demais membros do Enraízados que dão palestras, fazem shows e captam como podem para fazer a rádio seguir adiante. Não custa muito fazer com que este projeto consiga aumentar ainda mais o seu impacto. A idéia é comprar uma parte dos equipamentos que a rádio precisa.

Mais informações em http://www.inraiz.com.br/

Vale acessar o vídeo http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=VemYgLVREEQ

OBJETIVO: Apoiar o projeto da rádio “Enraízados na Web”, realizado pela incubadora de comunicação INRAIZ, com a aquisição de equipamentos técnicos que possibilitem o apromoramento da rádio. http://enraizados.org.br/naarte/

Trata-se de um projeto da comunidade para a comunidade que trabalha a mídia como instrumento de democratização de cultura, coordenado pelo Dudu do Morro Agudo. A “Rádio Enraizados Web” está crescendo, mais pessoas estão integrando a equipe, mas os equipamentos são limitados. Por isso, a ncessidade parcerias.

NOSSA META: ajudar a incubadora via a aquisição dos seguintes equipamentos :

1) (Kit com 03 mics) Kadosh KIT K 58 A (2 X R 299,00) -R$598,00

2) Cabo Sto Angelo Ninja- HG XLRP10 3,05M (5 X R $38,99) -R$194,95

3) Mini Pedestal P/ Mic Mesa Ps2f C/ Tubo Flexivel Md (5 X R$ 39,00) - R$195,00

4) Behringer Mesa Xenyx 1204 - R$560,00

5) Hard Drive Cloud Edition 2TB- Iomega - R$599,00

6) Fone de ouvido BEHRINGER HPM1000 (5 X R$74,99) -R$374,95

7) Monitor de Referência Berhinger MS 40 - R$880,00

TOTAL NECESSÁRIO : R$3.401,90

TOTAL ARRECADADO EM 6.03.2012: R$ 3.100

Como contribuir:

Conta do Fundo de Microrrevoluções
Banco do Brasil
Agência: 1403-6
Conta: 100 2006-3

Dúvidas? Sugestões? Precisa do CPF para fazer uma transferência on-line? Escreva para microrrevolucoes@gmail.com

Microrrevolução #7 - Editora Popular Abadia Catadora

A partir da oficina de edição de livros oferecida por integrantes da editora argentina Eloisa Cartonera, em novembro de 2011, um grupo de moradores e moradoras da cidade Estrutural/DF resolveu montar sua própria editora.

A palavra cartonero designa catador de lixo, a partir do significado original de cartón (papelão), um dos materiais recolhidos para reciclagem. A editora Eloisa Cartonera tem justamente como proposta editorial a produção de livros artesanais, feitos a partir de papelão reciclado. Cada livro é único, expressão artística singular.

Em 27 de dezembro passado, representantes do Fundo de Microrrevoluções reuniram-se no Ponto de Memória da Estrutural com os integrantes da Editora Popular, ocasião em que estes realizaram exposição sobre o empreendimento que estão iniciando.

A região da Estrutural, cidade-satélite com menor IDH do DF, começou a ser ocupada, nos anos 1960, a partir da fixação de pessoas atraídas pela atividade de reciclagem no lixão que existe naquela localidade.

Muitos dos moradores que participam da Oficina integram o Ponto de Memória da Estrutural, projeto que busca a valorização da comunidade por meio do resgate de sua memória e identidade.

Assim, do encontro entre Eloisa Cartonera e Ponto de Memória da Estrutural surge uma iniciativa única, original e promissora, por diferentes motivos:

1) permite a popularização da leitura, com a disponibilização de livros na comunidade;

2) possibilita a interação da comunidade, por meio do estímulo a sua criatividade;

3) representa o desenvolvimento de um ofício, com geração de trabalho e renda;

4) desenvolve a cidadania e o espírito participativo, uma vez que o empreendimento funciona por meio da autogestão e dos princípios de economia solidária;

5) estimula a consciência ecológica, uma vez que os livros são desenvolvidos a partir de material reciclado;

6) valoriza a identidade da comunidade, que passa a estimular o desenvolvimento de artistas e escritores.

A oficina da Eloisa Cartonera na Estrutural, ponto de partida para a idéia da Editora Popular, foi viabilizada pelo diplomata argentino Gonzalo Entenza, que já promoveu dois eventos na Embaixada da Argentina, onde a Editora expôs seu trabalho e comercializou seus livros.

Em nossa reunião, foi explicado ao pessoal do Ponto de Memória o projeto Microrrevoluções e todos ficaram entusiasmados com uma futura colaboração.

Nesse momento, estamos aguardando uma lista de insumos que a Editora necessita para desenvolver seus próximos projetos. Preliminarmente, identificamos como prioridades materiais destinados às seguintes finalidades:

1) oficinas – literária e artística – que serão oferecidas aos integrantes da editora;

2) confecção dos próximos lançamentos editoriais;

3) equipar o Ponto de Memória, onde funciona a Editora.

Em 12.01.2012 organizamos uma oficina de aquarela com a artista Maria Pacca para iniciar a arrecadação para essa iniciativa.